Os óleos essenciais e seus hidrolatos podem ser utilizados terapeuticamente em animais de pequeno e grande porte. Os animais têm neurônios olfativos em números extremamente superiores ao dos humanos; por tal motivo, a dosagem e a frequência da aplicação dos óleos essenciais devem ser diminuídas e a diluição aumentada em relação às indicadas para seres humanos, a fim de evitar intoxicação, principalmente em animais de pequeno porte.
CÃES
As formulações contendo óleos essenciais para aplicações em cães devem ser 25%da concentração indicada para os seres humanos. Cães com menos de 8 semanas de idade não devem ser submetidos a formulações contendo óleos essenciais, com exceção daquelas de aromatizadores de ambientes. Nesse caso indica-se a utilização de hidrolatos, devido à elevada diluição e ao efeito sutil.
Recomenda-se a observação de todas as informações quanto à toxicidade dos óleos essenciais e seus componentes químicos, pois os cães também exibem patologias como epilepsia, sensibilidade dérmica, câncer, etc.
GATOS
Em gatos priorizamos a utilização dos hidrolatos, devido à sensibilidade desses pequenos animais. Na impossibilidade da obtenção dos hidrolatos, utilizamos formulações em diluição de 0,01 a 0,1% com os óleos essenciais. O interessante dos gatos, é que eles ao invés de sentir os cheiros, eles sentem o gosto do óleo essencial.
ANIMAIS AQUÁTICOS
Não utilizar óleos essenciais e hidrolatos nas águas de peixes, tartarugas e outros animais aquáticos. A característica lipofílica dos óleos essenciais e a provocação da alteração do pH natural da água por partes dos hidrolatos prejudicarão a vida desses animais.
Podem-se utilizar óleos essenciais na aromatização do ambiente externo onde se encontra o aquário ou o aquaterrário. A solubilização ínfima, que ocorre naturalmente através da interface ar-água, produzirá os efeitos desejados. Não borrifar a mistura com óleo essencial diretamente sobre o aquário ou o aquaterrário.
ANIMAIS DE GRANDE PORTE
Em animais de grandeporte, podem-se utilizar as formulações prescritas para animais domésticos de pequeno porte, aumentando o volume total da formulação na hora da confecção.
DE CRIAÇÃO
A aplicação de óleos essenciais e hidrolatos em animais de grande porte de criação, como cavalos, ovelhas, vacas, porcos, cabritos, búfalos, outros, tem tido resultados positivos em patologias (carrapatos) e verminoses. As formulações em base como gel, creme, óleo vegetal, loção alcoólica e loção aquosa devem ser aplicadas topicamente, diretamente no local afetado do animal.
SELVAGENS E SILVESTRES
Na natureza, os animais selvagens e silvestres mantêm contato com os óleos essenciais das plantas do seu habitat, quando ingerem estas espécies vegetais naturalmente, através de seu instinto de alimentação.
Quando mantidos em cativeiros, viveiros, clínicas, hospitais, pampas ou zoológicos, os animais selvagens e silvestres podem ser submetidos a tratamentos com óleos essenciais desde que mantidas as restrições sugeridas aos demais animais quanto a diluição.
Referência:
Wolffenbüttel, Adriana Nunes - Base da Química dos Óleos Essenciais e Aromaterapia, Abordagem técnica e científica - São Paulo: Editora Roca, 2010.
Imagem:
www.aromalandia.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário