sábado, 7 de dezembro de 2013

Estação das flores? Sim, e das frutas também...

Os frutos acalmam, refrescam e são valiosas fontes de vitaminas, minerais e fibras


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Estão as frutas liberadas para quem quiser, quanto quiser? Bem, depende, para alguns o dia simplesmente desaba quando comem frutas no café da manhã. Embora sejam o alimento mais interessante da natureza, por sua capacidade de deslumbrar o paladar com sabores doces e perfumados que nos gratificam instantaneamente, podem fazer as pessoas ficarem moles, sonolentas, com dificuldades de raciocinar e agir. Principalmente se tiverem que trabalhar setadas no escritório.
Frutas combinam com sol e tudo o que gera calor, como atividade física e até atividade mental intensa. Ai sim acalmam e refrescam. 

Maçãs costumam ter efeito antimicrobiano, por isso são valorizadas pela maioria das culturas ao redor do mundo. Também limpam a vesícula biliar e têm fama de evitar a formação de pedras, amolecendo as que estão formadas. Mamões e papaias, então, são quase santificados por seu poder de influir na função intestinal. Quando ainda meio verdes, a polpa e as sementes contêm uma enzima, a papaína, que atua beneficamente sobre o organismo todo, inclusive eliminando parasitas. Também rico em enzimas é o abacaxi, mas tem que estar bem maduro e nem um pouco ácido. Peras são excelentes para recuperar a saúde dos pulmões quando eles estão quentes e secos e ajudam os roucos e afônicos a recuperar a voz. Grávidas, porém, devem usar com cautela.

A doce amora é muito especial. Além de pertencer à família das frutas vermelhas, atualmente na moda pelos componentes antioxidantes, anticâncer e antienvelhecimento, na medicina chinesa ela mostra que fortalece rins, fígado e sangue, que são básicos para uma boa saúde. Trata anemia, insônia, irritabilidade, diabetes, úlcera no estômago, juntas emperradas, tosse seca e outros males que deixam a vida difícil de vez em quando. E, além do mais, amora é daquelas frutas que se comem no pé, diretamente do galho, disputando com passarinhos e marimbondos. Dá à toa, é plantar um galinho.

Abacate e coco têm gorduras naturais da maior qualidade e se prestam a múltiplos usos. O abacate, além do creme doce que pode ser feito com água em vez do leite, fica delicioso em saladas com cebola crua e limão ou feito guacamole: amassadinho no garfo e misturado com tomate e coentro ou cebola picados, mais limão e sal. O coco dá de si a água, o leite e a própria polpa, onde há fartura de gorduras raras e benéficas, como o ácido láurico.
A lista de efeitos maravilhosos das frutas daria para encher uma enciclopédia. Nutrem, hidratam, desintoxicam. Mas, então, por que ter cautela? Primeiro porque são doces, e o excesso de açúcar, frutose incluída, é um problema grave na nossa cultura, favorecendo hipoglicemia, diabetes, obesidade, candidíase e imunidade baixa. Depois porque podem esfriar o corpo, provocando um mal-estar que pode ir da dor muscular à gripe. Depois porque, como os morangos, algumas têm agrotóxicos demais, toxinas pesadas que ninguém merece. 

Uma ou duas frutas por dia, no intervalo das refeições para poderem ser bem digeridas, são tudo de bom. O suco nem tanto, já que vai concentrar açúcar, próprio ou adicionado. E para quem está com frio no corpo, mesmo em pleno verão, fogo nelas: assar ou cozinhar com pitada de sal e um tiquinho de água produz uma coisa quentinha, saborosa e doce, que cai bem e não pode fazer mal a ninguém.

Referência:
Revista Bons Fluídos, 2006 - Sônia Hirsch (autora do livro sobre culinária natural, alimentação e saúde).
Imagem:
www.questionsolisnam.com

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